Um Portugues e Meio, a mergulhar nas Honduras: Trujillo

De La Ceiba a Trujillo são 3 horas de viagem e depois ainda teremos de regressar, porque o barco para as ilhas partem de La Ceiba. No entanto, visitar uma das primeiras capitais das Honduras, levou-nos a este desvio.

Infelizmente a viagem de autocarro, apesar de nos ter levado a "bom porto", fez-nos sentir que o motorista nunca foi um passageiro e não faz a menor ideia de como a traseira do autocarro se comporta. Só poderá ser esta a explicação, para a sua velocidade desmesurada, que por duas vezes nos acordou do sono profundo, onde o meu corpo saltou totalmente do assento, levando a que o Thiago e a rapariga ao nosso lado, batessem no sistema de refrigeração....ops…..

Meio zombies chegámos à mais bonita cidade de toda a costa Atlântica.

Trujillo tem história e paisagem. Ao mesmo tempo o único local onde voltei a sentir-me segura de máquina ao peito :D

Foi junto a esta cidade que Lempira lutou contra os espanhóis, foi nela que se realizou a primeira missa ( no continente, em terra firme, após Cuba).

Esta cidade serviu de porto para muitos barcos espanhóis e foi para seu suporte que a fortaleza de Omoa foi construída,

Forte de Trujillo

também aqui William Walker, o Americano que tentou ser ditador de toda a América Central fui fuzilado e enterrado.

Tantos marcos bem presentes e assinalados. Bem, o local onde William Walker foi fuzilado, tem um marco, mas nos dias de hoje está misturado com os materiais de construção da remodelação do hospital, onde a procura de um lugar público levou a roubar algum do espaço, anteriormente ocupado pelo forte da cidade.

A cidade na sua maioria localiza-se no cimo de um monte, graças a isso sobreviveu ao furacão Mitch, que devastou muito desta terra. Actualmente permanece como um dos portos mais importante e de onde saem toneladas de bananas para os EUA. Este negócio é tão importante que chegou a apelidar esta república de “Banana Republic” e início do século passado a banana representou mais de metade de todas as suas exportações. Neste momento um esforço incrível está a ser realizado para colocar esta cidade no mapa turístico. A praia, recolhe o lixo, levando a que um mergulho seja apelativo. O Thiago arriscou, mas eu fiquei-me por mergulhar apenas as pernas, numa tentativa de colocar alguma água salgada nas feridas que os zancudos, ou melhor os mosquitos me deixaram, em apenas 5 min em Cópan!

Se existe motivo pelo qual não me importava de ser nativa, este seria um deles. Parece que atraio todo o tipo de voadores, até o thiago me caracteriza como o seu repelente natural. Graças a uma das feridas que estava a sangrar ligeiramente e enquanto esperava que o Thiago me encontra-se um lenço de papel, percebi a simpatia desta cidade, onde os locais colocaram conversa a tentar e a acertar na razão do meu problema. Logo, no dia que estavam perto de 40ºC, com o facto de ser mulher, agregado a comichão nas pernas deixaram-me com um humor mais do que terrível, neste dia todos foram simpáticos, consegui ainda numa calma dizer: “Thiago se gritar ctg não ligues, hj não é um dos meus melhores dias”. Mas neste dia além da simpatia também conheci a esperteza. Visitámos um museu local, onde diversas “tralhas”, contam um pouco da história do país.

Excelente para fotos :D e para vermos objectos que já não me lembrava que existiram. Pediram-nos 70 lempiras (quase 3€), mas a entrada dava direito a aceder às piscinas. Quando chegámos a sra disse qualquer coisa que não percebi, seguido de só ao fds. Mas quando pagámos a entrada foi-nos negado o acesso à piscina. Argumentei sobre o valor e quanto o reduziam sem visitarmos as piscinas, aí a rapariga que nos atendeu disse que poderíamos entrar. Senti a minha força de turista, mas finalmente percebi o que a sra nos tinha dito, que as piscinas apenas estão com água ao fds.