Cópan

Antes de atacarmos as ruínas e o local que desde 1980 se caracteriza como património da Unesco, parámos para almoçar em Santa Rosa de Cópan.

 

 

 

 

 

No parque central, existe um posto de informação turístico que nos indicou um restaurante  não muito grande, mas mt bem decorado. Aquilo que chamaria, feito para os turistas, chama-se Lenca Maya. 

 

 

O pão daqui : Tortilha, sempre a acompanhar

No entanto, uma das coisas que mais me atrai nas Honduras é a falta de turistas. Em Gracias, vimos o primeiro grupo de loirinhos a falar inglês, porque até aqui tem sido quase nulo avistarmos alguém de máquina ao peito a fotografar… Só em comayagua estava a Sul Coreana, fora isso somos como aves raras :D

Mais uma vez nesta cidade, apenas nós nos destacávamos entre a população. O restaurante tinha como clientes aquilo que me parecia como a classe média/alta, trabalhadora da cidade.

Depois de almoço corremos para garantir que já passaríamos a noite em Cópan. Chegámos a tempo, a tempo de ir ao aniversário da discoteca local, que ao contrário de Tegucigalpa não fechou às 2h, logo escusado será dizer que no dia seguinte não tínhamos energia para horas a passear pelas ruínas. Felizmente choveu todo o dia, deixando que a nossa tarde de “How I met your mother” fosse ainda melhor, com a consciência tranquila… 

Agora pelos nossos planos teríamos de fazer no dia seguinte tudo o que tínhamos planeado para os 2 dias….

Acordamos com o céu encoberto, pensamos que iria chover, novamente, mas durante todo o passeio e até chegarmos a casa não caiu uma gota…..o museu de arqueologia estava fechado, assim como o forte que agora alberga a Casa Cultural.

Portanto apenas passeamos pelas ruínas e disfrutamos as ruas da cidade…

As ruas estão todas legendadas desta forma :D

A cidade é bastante bonita, muito pequena, tem cerca de 6.000 habitantes, e todos vivem do turismo. Vivem de tal forma, que percorri alguns hoteis da cidade e estavam às moscas… No primeiro pediram-me 22 dólares pelo quarto. Na minha cabeça tinha o valor do hostel, onde se paga 6$ por pessoa. Agradeci e saí, mas a dona veio atrás e perguntou quanto queria pagar. Disse-lhe que para dois não quero dar mais de 12 dólares. Ela aceitou na hora, então perguntei se tinham internet. A resposta foi negativa, “então desculpe, vou continuar a procura…” e assim avancei. Acabamos por ficar numa outra opção com quarto privado, tv cabo e wi-fi por apenas 13 dólares.

Ansiava bastante conhecer as ruínas e tinha feedbacks pouco positivos, mas eu simplesmente adorei. Os únicos pontos negativos, são o facto de a entrada custar 15 dólares + 7 dólares para o museu, onde guardam algumas das Estelas/Esculturas originais :D

Réplica do templo de Rosalila

O esquema de como se encontra realmente

 

Pedra angular de Cópan, em baixo como deveria ter sido..

 

 

 

  

Apesar de colocarem as esculturas no interior de um edifício, este é aberto :S , podemos observar as marcas dos pombos...

 

 

Estela: é uma escultura que tem desenhos nos seus quatro lados….

Estela :D

A visita guiada custa 25$ extra, portanto fomos um pouco auto-didactas… Aliás o lonely planet tem uma descrição mais detalhada que a minha memória teve capacidade para reter para o dia… Mas aprendi algumas coisas, apenas pela observação, como por exemplo a carteira que comprei na Nicarágua, que devia ser o calendário maya, deve ser de uma outra cultura, pois nem um único bonequinho se assemelha (devia ter suspeitado com as caras parecidas com os bonecos que usamos no tlm :S)…

Mas mais importante que as descrições, é o que sentimos e o que imaginamos que aqui se tenha passado.. por vezes visitar um lugar sem ter a informação, faz-nos viajar como nos livros. Enquanto na literatura temos as palavras e viajamos imaginando as imagens, quando temos cenários com estes, podemos fazer o contrário :D

Maquete do recinto

O mapa dos diversos locais onde podemos encontrar os restos da civilização Maia

O Recinto

Escada Hieroglífica, narra a história de 16 governantes...

Um pouco mais ao pormenor, mts esforços foram feitos, pois este é um dos elementos mais importantes para se compreender um pouquinho mais...

Ao final, recolhemos os frutos de mais uma amizade por estas terras, fomos convidados para provar o novo menu de um dos melhores bares locais, o barcito, onde o José cozinhava e nós dávamos a nossa opinião como estrangeiros. 5 estrelas para o tomate empanizado, com espinafres, queijo e camarão, certamente será o sucesso do novo trimestre…
Às 6h horas saltamos da cama e rumámos de novo para o lado do Atlântico…


Post by Helena

Crianças a lançarem papagaios em Cópan, no telhado..