La Ceiba


De La Ceiba, conhecíamos tanto como das restantes cidades, mas antes de passearmos pelas suas ruas, a fama precede-a e diguemos que coloca a fasquia, um tanto elevada. La Ceiba é a terceira maior cidade das Honduras e existe um repto para as três maiores cidades, esse é o seguinte: “Tegucigalpa thinks, San Pedro Sula Works and La Ceiba has fun!”. Por pura coincidência, diguemos uma casualidade à medida, “aterrámos” em La Ceiba na sexta-feira de tarde. Deslocámo-lo para a zona viva, onde existem 2 hoteis (estilo backpackers), é assim que é definida a área dos bares e da noite. A primeira impressão não foi das melhores. Apesar de estar rodeada de bares e restaurantes, e estarmos no Caribe, de alguma forma o que senti pode ser comparado com os tempos da expo, onde os actuais restaurantes, ainda eram apenas bares. Velhotes e decadentes, com uma população suspeitável e um ambiente, bem, diria estranho!!!!

 
 

Descansámos e apesar de, da nossa janela, termos a vista para um dos bares, este permaneceu vazio por toda a noite.


Fartos de esperar que o vizinho do lado encha, para percebermos qual a hora de sair e após nos deliciarmos com o How I met your mother :D, finalmente deixámos a preguiça e fomos explorar por nós, o que a cidade tinha para oferecer. Vagueámos e apesar da música muito alta, tudo estava vazio, acabámos numa sala de bilhar onde a inclinação tornava quase impossível jogar, mas tinha a cerveja mais gelada = melhor que bebi por esta terra. Na noite seguinte, regressámos pela cerveja e perdi 3 jogos com o cegueta do Thiago. Ele conseguiu na primeira jogada confundir a bola branca, com a de listas amarela e não compreendia porque estava a dizer-lhe que não valia…. Fui a minha humilhação pública e nem mesmo a inclinação da mesa, que nos obrigava a esperar até que a bola parasse mesmo, pois nunca sabíamos onde iria ficar, me desculpa a vergonha!!!!

Ambas as noites, depois do bilhar seguimos para aquela que nos pareceu a melhor discoteca local, o Hibou! Pois contrariamente aos outos locais, velhos e desgastados do sol, este club tinha uma decoração impecável e um bar sobre o mar, que me lembrou os velhos tempos do Seagull em Setúbal, mas só, por estava junto ao mar (lá contei a história de como aquela varanda era lindíssima, principalmente para alguém de 15 anos que conseguiu entrar :D)!!! A música reggaeton e mais todo o tipo para se dançar agarradinho. A forma de dançar este tipo de música dos hondurenhos e já dos Nicas, quase se assemelha a um acto sexual, onde as raparigas mostram ao parceiro todo o jogo de cintura. Ficámos pois, de boca aberta, quando o DJ chama pelas solteiras (sim o DJ é mau o suficiente para chamar por grupos, para levantarmos as mãos) e metade das que pareciam estar comprometidas com parceiros, levantam as mãos. Nós vimos de uma outra cultura, onde dançar daquela maneira significa duas coisas: o rapaz já tem a noite ganha e ela está mt bêbada!!! Enfim, tentámos mostrar os nossos ritmos, mas afastados, quase os únicos na discoteca a manter distância, pois as solteiras que já não encontram par também podem dançar em conjunto….
Um pouco cansados de esperar que a festa animasse e a música ficasse razoável, decidimos ir fumar um cigarro. “Apenas lá fora” disse o segurança. Também às Honduras, já chegou a lei de não fumar em espaços públicos. Fomos até ao bar na praia, mas quando decidimos regressar, não nos deixaram entrar pela mesma porta, “têm de dar a volta e regressar à entrada” , lá seguimos as instruções e quando estávamos mesmo a sair, não nos deixaram, não podem levar a garrafa da cerveja. Passámos a cerveja para um copo de plástico e contornámos a disco. Quando chegámos à entrada, obviamente, “não podem entrar de copo”!! Isto deve ser uma brincadeira, certo? Mas não era e chateada inscrevi os primeiros comentários num livro de reclamações perfeitamente imaculado, onde ninguém tinha ainda escrito qualquer apontamento. Mesmo assim, na segunda noite regressámos, a única diferença foi que estava completamente cheio, e aprendemos a beber a cerveja até ao fim antes de regressar à pista. No entanto, apenas nos aguentamos até à 1h30min. Regressámos ao hotel e tememos que o sr não nos deixasse entrar, pois ainda na noite anterior tive a minha primeira argumentação em tom mais exaltado em espanhol!! Saímos por volta das 23h30min do quarto, mas quando chegámos à entrada o portão estava fechado. Tocámos e um hondurenho sem camisa, com cara de ter acordado naquele momento, veio atender-nos.  Explicámos que queríamos sair e disse-nos que não podíamos. “Não sei se vocês vão dormir, mas eu tenciono em fazê-lo”, “o hotel cerra às 23h”, expliquei que ninguém nos tinha avisado e que numa cidade de “festa” é a primeira coisa que nos devem dizer no check in. Não adiantou, reclamou e nós apenas dissemos “abra a porta, pois vamos sair”. Nessa noite por volta das 2h voltou a abrir a porta sem reclamar, mas aí tínhamos a razão do nosso lado, agora qual a desculpa para o dia seguinte? Eu já tinha topado uma parte do muro fácil de saltar e psicologicamente já estava preparada, mas o portão estava aberto e nem foi necessário… mesmo assim tentámos não fazer barulho e subir rapidamente….

Com a desilusão da noite em La Ceiba, a cidade não se mostrou capaz de compensar. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 

Muito semelhante a Tela, mas com uma praia mais mal cheirosa, onde sentíamos o esgoto. Mesmo assim avistamos 3 turistas na água como se não tivessem olfacto! 

 
 
 

Lembrei-me que também em tempos caia à água no Naval (em Setúbal), junto ao esgoto, mas tinha 13 anos :S No pontão alguns locais pescavam e pelos tacos soltos ainda nos arriscamos a visitá-los… 

 
 

Mas nem isso me seduziu muito, apenas o parque Swinford, mantém algum encanto, com velhas carruagens e esculturas de animais a decorar o parque. O parque central está em construção, mas voltamos a visualizar a igreja!!!

 
 
 
 

No domingo acordamos e fomos conhecer o rio Cangrejal, tem este nome porque em tempos dispunha de muitos caranguejos. Para nós fui uma aventura com a descida em rafting. Agradecemos ter ido para a cama tão cedo na véspera, pois só assim tivemos forças para remar… mesmo apesar do esforço, acredito que apenas o guia fazia alguma coisa, para que não caíssemos à agua. No final, superei o meu recorde pessoal e após uns minutos de concentração saltei de uma rocha de 7 metros…. 

 
 
 
 

O resto da tarde ficamos na varanda a contemplar o rio e a floresta :D

 
 
 
 
 
 
 
 

Post by Helena

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